terça-feira, 14 de junho de 2011

Brasil é o 14º no ranking de desenvolvimento do G20

A classificação leva em conta nove quesitos, como Saúde, Educação e renda. O levantamento aponta a Austrália como líder em desenvolvimento, seguida por Alemanha. O Brasil aparece atrás da Argentina e da Arábia Saudita.

O Brasil ocupa o 14º lugar no ranking de desenvolvimento dos países que fazem parte do Grupo dos 20 (G20), bloco que reúne as maiores economias do mundo. É o que revela indicador divulgado ontem pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

A classificação leva em conta nove quesitos que apontam o desenvolvimento da economia e da população dos países, como saúde, educação e renda, a partir de dados fornecidos pelos próprios governos à Organização das Nações Unidas (ONU).

Foram considerados os dados de 19 nações: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Grã-Bretanha, Rússia e Turquia. A União Europeia (UE), que também faz parte do G20, não entrou no ranking.

A pesquisa aponta a Austrália como líder em desenvolvimento, com 6,876 pontos, seguida por Alemanha, 6,633; e França, 6,521. O Brasil somou 4,276 e aparece atrás de países como Argentina, 5,104, em 10º; e Arábia Saudita, 4,500, em 13º.

O Brasil é o segundo país mais bem classificado entre os emergentes que compõem o grupo dos Brics, composto ainda pela Rússia, Índia, China e África do Sul. Nesta comparação, o País fica atrás somente da Rússia, que aparece em 11º lugar, com 5,034 pontos.

Os coordenadores da pesquisa, Gianni Ricciardi e Roberto Vertamatti, defendem a necessidade de ações consistentes na educação e na distribuição de renda, fatores em que a Nação teve desempenho ruim.

No quesito Saúde, o Brasil repete a posição geral e ocupa o 14º lugar no ranking da Anefac. O desempenho brasileiro é afetado pelo nível baixo de gastos públicos com Saúde, equivalente a apenas 3,5% do produto interno bruto (PIB). Em países mais desenvolvidos na área, como a França, os gastos chegam a 8,7% do PIB.

A expectativa de vida ao nascer no Brasil, de 72,9 anos, também é bem inferior a de países líderes como Japão, de 83,2 anos, e Austrália, de 81,9 anos. Por outro lado, apenas 6% da população brasileira é afetada pela desnutrição, índice próximo aos melhores colocados, como França e Austrália, (5% em ambos os casos.

Na categoria Educação, o Brasil fica em 12º lugar. A pesquisa mostra que, enquanto no País as crianças ficam em média 13,8 anos na escola, em nações mais desenvolvidas, esse período fica ao redor de 16 anos. Com relação ao uso de Internet, no Brasil são 37,5 usuários a cada 100 habitantes, enquanto nos países desenvolvidos os usuários são em torno de 75 cidadãos a cada 100.

Mesmo com PIB de US$ 2,1 trilhões, o oitavo maior do mundo, os indicadores de renda posicionam o Brasil em 15º lugar no ranking do G20. Isso ocorre em função da renda per capita baixa, de US$ 10,847, praticamente um terço da renda per capita dos países desenvolvidos. O único indicador em que o Brasil lidera é o de sustentabilidade, com baixa emissão de carbono e o alto porcentual de território protegido contra o desmatamento, 28%. Nos Estados Unidos, são 14,8% e, no Canadá, 8%. (das agências de notícias)


ENTENDA A NOTÍCIA
Apesar dos bons índices de crescimento econômico, a pesquisa aponta que o Brasil precisa atravessar um longo caminho até se transformar em uma nação desenvolvida. Além de induzir a diminuição das desigualdades sociais, é necessário mais investimento em Saúde e Educação.


Fonte: Jornal O Povo

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