08/11/201
Nacional
Carolina Gonçalves e Thaís Leitão
Repórteres da Agência Brasil
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – Onze países da América Latina e do Caribe vão poder usar
recursos de um fundo criado para ações de combate à corrupção, que foi
reativado hoje (8) pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O
montante inicial, que chega a US$ 2,4 milhões, foi disponibilizado pelo
governo da Noruega.
Segundo Ana Maria Rodriguez, gerente do Departamento de Instituições
para Desenvolvimento do BID, existe uma crescente demanda na região por
maior transparência tanto no setor público quanto no setor privado.
“A informação é um instrumento de democracia e desenvolvimento dos
países. É uma ferramenta poderosa para garantir renda e equidade nesses
países”, avaliou.
Parte do dinheiro já será utilizada, por exemplo, para implantar
medidas de prevenção de lavagem de dinheiro na Guatemala. O governo
brasileiro também sinalizou interesse em assessoria que será financiada
pelo fundo, para melhorar o sistema de monitoramento dos gastos públicos
no país.
Ana Rodriguez explicou que o fundo pode contribuir para fortalecer a
capacidade institucional dos países, impactando em várias áreas, como
as de educação e justiça, a partir do controle da corrupção e do fomento
à transparência financeira.
O Fundo da Transparência é uma continuação do Fundo Fiduciário para
Atividades contra a Corrupção - criado em 2007, com aporte inicial,
também do governo da Noruega, de US$ 5 milhões e a contribuição de US$ 1
milhão do BID.
No Brasil, o secretário de Prevenção da Corrupção e Informações
Estratégicas, da Controladoria- Geral da União (CGU), Márcio Vinícius
Spinelli, lembrou que o apoio do BID permitiu aprimoramento de
ferramentas para detectar casos de corrupção. “A controladoria tem
atuado na promoção da transparência e de informações estratégicas. A
iniciativa [Fundo da Transparência] é importante para aprimorar as
instâncias de controle do Estado”, avaliou.
No novo formato, os recursos do fundo serão usados para financiar
projetos a partir de cooperações técnicas com os países beneficiados.
Fonte: Agência Brasil
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