Começou hoje, em todo o País, a vacinação gratuita de meninas entre
11 e 13 anos contra o vírus HPV, principal responsável pelo câncer de
colo de útero.
Segundo o Ministério da Saúde, os lotes da vacina já
foram distribuídos para os Estados e a previsão é de que todas as
Unidades Básicas de Saúde (UBSs) já estejam aptas a realizar a
imunização. O ministério já orientou os municípios a realizarem
campanhas de vacinação nas escolas.
A
vacinação terá como meta prevenir contra o câncer de colo de útero de
80% das 5,2 milhões de meninas que formam o público-alvo da campanha.
Para aumentar a eficácia, o ministério decidiu realizar a imunização das
meninas em três doses. A primeira começará em março e será realizada em
36 mil salas de vacina do SUS e pelas escolas públicas e privadas.
A
segunda e a terceira doses, respectivamente aplicadas seis meses e cinco
anos após a primeira vacinação, serão realizadas apenas pelo SUS. Esse
esquema de dosagem espaçada é recomendado pela Organização Pan-Americana
da Saúde (Opas) e atualmente é usado por Canadá, Suíça, México e
Colômbia.
De acordo com o Programa de Imunização do Ministério da Saúde, a
intenção de articular com as escolas o início da vacinação tem por
objetivo garantir "uma alta cobertura". Neste ano, a vacinação abrangerá
meninas de 11 a 13 anos. No ano seguinte, de 9 a 11 anos e, em 2016,
começará a ser realizada a partir dos 9 anos. Nesse período, se houver
alguma menina que não tiver tomado a dose inicial e esteja dentro das
idades de vacinação, ela poderá tomar a vacina.
Segundo o
ministério, todos os estudos mostram que, quando a vacinação é feita na
faixa etária de 9 a 13 anos, a produção de anticorpos para proteger a
mulher do HPV tem maior intensidade. A pasta destacou ainda que as
meninas têm iniciado sua atividade sexual a partir dos 13 anos, de modo
que a vacinação vai proteger também os garotos que tiverem relações com
elas.
As prefeituras e escolas terão liberdade para adotar
também esquemas específicos de imunização. As adolescentes terão de
apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. Os pais
que não quiserem que suas filhas sejam vacinadas terão de assinar um
termo de recusa.
Fonte: Yahoo/Notícias
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