quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

MINISTÉRIO DO TRABALHO

Comissão indica demissão de Lupi

Cabe agora à presidente da República, Dilma Rousseff, acatar ou não a sugestão da Comissão de Ética
Brasília. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu ontem recomendar à presidente Dilma Rousseff (PT) a exoneração de Carlos Lupi (PDT) do cargo de Ministro do Trabalho e Emprego. De acordo com o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, as explicações apresentadas pelo ministro sobre as denúncias de irregularidades no Ministério não foram convincentes.

A decisão de fazer a recomendação e de aplicar uma advertência ao ministro, mais alta punição que cabe à comissão aplicar, foi tomada, de acordo com Sepúlveda, de forma unânime pelos seis conselheiros que participaram ontem da última reunião do ano.

"A decisão já foi encaminhada à presidente, e ela foi unânime", disse. De acordo com Sepúlveda Pertence, não houve um fato específico que motivou a decisão da comissão.

"A história dos convênios irregulares firmados com pessoas de seu partido e a própria resposta apresentada pelo ministro ao juízo da comissão motivaram a decisão", disse.

Lupi é acusado de utilizar em uma viagem pelo interior do Maranhão, em 2009, um avião privado, alugado pelo dono de uma rede de organizações não governamentais que, meses depois, ganhou um contrato para atender a projetos do Ministério do Trabalho. Cabe agora à presidente da República acatar ou não a sugestão da comissão.

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), afirmou ontem que a Comissão de Ética Pública da Presidência é integrada por "gagás e velhinhos" que perseguem o ministro.

Segundo o deputado, o PDT vai aguardar a reação da presidente Dilma Rousseff para só então se pronunciar sobre a recomendação da Comissão de exonerar o ministro Lupi.

Cidades
A Comissão de Fiscalização da Câmara aprovou ontem convite para o ministro das Cidades, Mário Negromonte, esclarecer denúncias de irregularidades na Pasta. A audiência vai acontecer no dia 14.

O documento, de autoria do líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), pede esclarecimentos sobre irregularidades no Programa Minha Casa, Minha Vida com referência à cobrança de taxas para inscrição por ONGs.

Na mesma sessão, a base aliada ao governo conseguiu rejeitar a convocação do ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, para explicar denúncias feitas pelo sindicalista Irmar Batista, de que assessores do Ministério do Trabalho estariam cobrando R$ 1 milhão de propina para a abertura de sindicatos.

Segundo a denúncia, o ministro Gilberto Carvalho foi avisado sobre a extorsão, mas não tomou nenhuma providência.
Fonte: Diário do Nordeste

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